sábado, 21 de novembro de 2020

Curso de Bioestatística- Parte 1

 


 Estatística #01


Estatística #02 ( População, Censo e Amostra)



Estatística #03 (aspectos dos dados)




Estatística #04 - Tabela de Frequência




Estatística #05 Média




Estatística #06 Média




Estatística #07 Média



segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Ascaris lumbricóides

 

Ascaris lumbricóides






   O parasito Ascaris lumbricóides é um helminto conhecido no meio clinico e popular, pela sua grande distribuição geográfica e danos causados nos hospedeiros. O parasito é denominado Lombriga ou Bicha, a patologia causada é denominada ascaridíase, ascaridose ou ascariose. O parasito adulto são grandes: os vermes machos tem de 15 a 30 cm e fêmeas de 20 a 50 cm de comprimento. Porem deve-se ressaltar que o tamanho do parasito depende da quantidade de parasitos albergados no paciente, além do estado nutricional do mesmo.

   Os ovos do parasita são brancos porem adquire pigmentação castanha após contato com fezes. Os ovos são grandes, medindo aproximadamente 50 μm, sendo ovais e com cápsula espessa, em decorrência da membrana externa mamilonada. Os ovos apresentam massa de células germinativas. As fêmeas após copula eliminam aproximadamente 200000 ovos diariamente, os ovos tornam-se infectantes aproximadamente um mês após contato com solo e são infecciosos por vários meses. As fêmeas podem produzir ovos inférteis em infecções sem o parasita macho.

   A ascaridíase é prevalente e endêmica em regiões onde o saneamento básico e tratamento dos dejetos humanos são precárias, alem de locais onde o esgoto humano é utilizado na fertilização.

   O primeiro estagio de desenvolvimento do parasito e a larva L1, a larva L1 é rabiditoide, pois possui duas dilatações no esôfago em ambas as extremidade e uma constrição no meio. A larva L1 transforma em L2 aproximadamente uma semana após o inicio do ciclo. Logo após a larva L2 sofre muda para o estagio L3 que é o estagio infectante. A larva L3 é filarióide, pois tem o esôfago retilíneo.

   Após o paciente ingerir os ovos larvados em estagio L3, os ovos eclodem no intestino delgado, as larvas perfuram a parede intestinal caindo nos vasos linfáticos e veias, invadindo o fígado. Logo após chegam ao coração pela veia Cava, seguindo para os pulmões. Após as larvas sofrerem muda para estagio L4 elas rompem os capilares e caem nos alvéolos, sofrendo nova transformação para estagio L5, subindo pela traquéia chegam à faringe onde são deglutidas, fixando no intestino delgado, transformando-se em jovens adultos, após chegar à maturidade sexual fazem a cópula e ovipostura, eliminando ovos nas fezes para completar o ciclo.

   A ingestão de poucos ovos não produz sintomas clínicos, porem um único parasito adulto pode perfurar o intestino causando infecção bacteriana secundaria, alem de possível migração para o bucto biliar e fígado. A migração dos parasitos para os pulmões ocasionam pneumonite semelhante a ataque de Asma (tosse, eosinofilia e infiltrado pulmonar). Quando presente em grandes quantidades os parasitas podem pode provocar grave obstrução mecânica no intestino.

   Geralmente a ascaridíase e assintomática dificultando o diagnostico clinico, o diagnostico laboratorial é feito pela pesquisa dos ovos nas fezes, a técnica mais utilizada é a sedimentação espontânea, porem o método de Kato modificado por Katz é recomendada para realização de inquéritos epidemiológicos.

   A OMS recomenda o uso de quatro drogas no tratamento da ascaridíase, Albendazol, Mebendazol, Levamisol e Pamoato de Pirantel.

domingo, 20 de maio de 2018

Isolamento de arbovírus: cultura do vírus da dengue


Protocolo de isolamento do vírus da dengue na linhagem C6 / 36, montado no Laboratório de Doenças Moleculares Infecciosas do Departamento de Bioquímica e Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da UANL. Monterrey, N.L.

       

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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Conheça os principais meios de cultura



ÁGAR NUTRIENTE
PRINCÍPIO: O Nutriente Ágar é um meio relativamente simples, de fácil preparação e barato, muito usado nos procedimentos do laboratório de Microbiologia.

UTILIDADE: Nutriente ágar tem várias aplicações no laboratório de Microbiologia, e pode ser utilizado para análise de água, alimentos e leite como meio para cultivo preliminar das amostras submetidas à exames bacteriológicos e isolamento de organismos para culturas puras.
Uso mais freqüente é para a conservação e manutenção de culturas em temperatura ambiente neste ágar, como método opcional para os laboratórios que não dispõem do método da crioconservação (congelamento das cepas em freezer à - 70ºC).
Usado para observar esporulação de espécies de bacilos Gram positivos.

FÓRMULA / PRODUTO
Produto: Nutriente Ágar
Fórmula: Extrato de carne 3 g ـ Peptona 5 g ـ Ágar ágar 15 g ـ Água destilada 1000 ml ـ pH: 6,8 +/- 0,2

PROCEDIMENTOS: Pesar e hidratar os componentes; Fundir; Distribuir 3 ml por tubo; Esterilizar em autoclave; Após retirar da autoclave, inclinar os tubos ainda quentes para que solidifiquem com a superfície em forma de "bico de flauta" (ângulo de 45º).

CONTROLE DE QUALIDADE: Crescimento bom a excelente: Escherichia coli ATCC 25922 Streptococcus pneumoniae ATCC 6305.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Conservar embalado de 4 a 8°C por até 3 meses.

INOCULAÇÃO: Estriar a superfície inclinada do meio; Incubar.

INTERPRETAÇÃO: Cor original do meio: branco opalescente .Positivo: Crescimento na superfície do ágar . Negativo: Ausência de crescimento.

RECOMENDAÇÕES: Usar tubos com tampa de rosca para evitar ressecamento do ágar.  Repicar as cepas conservadas a cada 3 meses. Conservar as cepas após o crescimento no meio em temperatura ambiente.  Por ser um meio nutritivo, a ausência de crescimento não deverá ocorrer.

ÁGAR CHOCOLATE
PRINCÍPIO:  Meio de Ágar Chocolate é amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos exigentes, embora cresçam neste meio quase todos os tipos de microrganismos.  À base do meio, é adicionado sangue de cavalo, carneiro ou coelho em temperatura alta, o que faz com que as hemácias lisem, liberando hemina e hematina, compostos fundamentais para o crescimento dos microrganismos exigentes. Observação: se utilizar sangue de carneiro ou coelho no lugar do sangue de cavalo, adicionar os suplementos a base de NAD (coenzima I) e cisteína após resfriar a base achocolatada à aproximadamente 50ºC.

UTILIDADE: Crescimento de microrganismos exigentes Haemophilus spp., Neisseria spp., Branhamella catarrhalis e Moraxella spp.

FÓRMULA / PRODUTO: Meios comerciais: BHI Ágar *, Columbia Ágar Base, Blood Ágar Base, Mueller Hinton Ágar.  Sangue de cavalo, carneiro ou coelho desfibrinado. Recomenda-se o uso da base de BHI Ágar, por apresentar melhor crescimento das cepas exigentes, principalmente cepas de Haemophilus spp.

PROCEDIMENTOS: Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;  Esterilizar em autoclave;  Esfriar a base à temperatura de aproximadamente 80ºC;  Adicionar 5 ml de sangue desfibrinado de cavalo para cada 100 ml de base;  Homogeneizar bem até lisar totalmente as hemácias e o meio apresentar uma cor castanho escuro (chocolate);  Distribuir em placas de Petri de 90 mm de diâmetro.

CONTROLE DE QUALIDADE: Crescimento bom a excelente: Haemophilus influenzae ATCC 10211.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Conservar de 4 a 10°C por 4 meses.

INOCULAÇÃO: Estriar a superfície do meio, usando a técnica de semeadura para isolamento;  Incubar a 35ºC por 24 horas.

INTERPRETAÇÃO: Cor original do meio: castanho escuro (chocolate).  Colônias de tamanho pequeno a médio, com pigmento amarelo: sugestivo de Neisseria spp, Branhamella catarrhalis ou Moraxella spp.  Colônias pequenas e delicadas, com pigmento creme claro: sugestivo de Haemophilus spp.

RECOMENDAÇÕES: Lembrar que é um meio rico e crescem vários tipos de microrganismos.Fazer esfregaço de todas as colônias suspeitas e corar pela técnica de Gram, para confirmar se trata-se ou não de Neisseria spp., Branhamella catarrhalis ou Moraxella spp. (cocos Gram negativos reniformes) ou Haemophilus spp. (bacilos Gram negativos delicados e pleomérficos).  Não usar sangue de cavalo vencido.  Por ser um meio rico, o crescimento a partir de materiais biológicos em geral costuma ser abundante. Sempre que necessário, isolar a colônia em estudo para os procedimentos de identificação, para não correr o risco de trabalhar com cepas misturadas.

ÁGAR THAYER-MARTIN CHOCOLATE

PRINCÍPIO: É um meio rico e superior a outros meios de cultivo destinados para o isolamento de Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis , pois contém em sua fórmula antibióticos que inibem o crescimento de Neisserias saprófitas e outras bactérias, quando em amostras colhidas de sítios contaminados.

UTILIDADE: Usado para o isolamento seletivo de Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis, a partir do material de investigação.

FÓRMULA / PRODUTO: Meio comercial: Thayer-Martin Ágar Base.  Sangue desfibrinado de carneiro. Suplemento I: mistura de inibidores (antibióticos).  Suplemento II: mistura de fatores de crescimento.

PROCEDIMENTOS: Dissolver os suplementos liofilizados conforme instruções do fabricante (normalmente em água destilada estéril que já acompanha o kit) e reservar;  Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante (normalmente prepara-se 200 ml de base para cada frasco de suplementos I e II );  Esterilizar em autoclave;  Esfriar a base a 80ºC; Adicionar 5 ml de sangue desfibrinado de carneiro para cada 100 ml de base;  Homogeneizar bem até lisar totalmente as hemácias e o meio apresentar uma cor castanho escura (chocolate);  Deixar resfriar a base a 50ºC;  Adicionar assepticamente à base resfriada os suplementos previamente dissolvidos;  Homogeneizar delicadamente para não formar bolhas; Distribuir em placas de Petri de 90 mm ou 4 ml por tubos e inclinar para a superfície ficar em forma de "bico de flauta" (ângulo de 45º).


ÁGAR SALMONELLA-SHIGELLA (SS)

PRINCÍPIO: Ágar SS possue componentes (sais de bile, verde brilhante e citrato de sódio) que inibem microrganismos Gram positivos.  A incorporação de lactose ao meio permite diferenciar se o microrganismo é lactose positiva (bactérias que fermentam a lactose produzem ácido que na presença do indicador vermelho neutro resultando na formação de colônias de cor rosa), e bactérias que não fermentam a lactose formam colônias transparentes.  Tissulfato de sódio e o citrato férrico permitem a detecção de H²S evidenciado por formação de colônias de cor negra no centro.

UTILIDADE: Selecionar e isolar espécies de Salmonella e Shigella, em amostras de fezes, alimentos e água.

FÓRMULA / PRODUTO: Meio comercial: Ágar SS.

PROCEDIMENTOS: Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;  Aquecer o meio até fundir o ágar;  Não autoclavar; ƒ Resfriar até 50°C e distribuir 20 a 25 ml em placas de Petri 90 mm estéreis;  Deixar em temperatura ambiente até resfriar;  Embalar as placas com plástico PVC transparente e guardar em geladeira de 4 a 8°C.

CONTROLE DE QUALIDADE: Positivo: Salmonella typhimurium ATCC 14028. Negativo: Staphylococcus aureus ATCC 25923.

INOCULAÇÃO: Inocular as placas e incubar por 18 a 24 horas;  Se negativo após 24 horas, reincubar por mais 24 horas.

INTERPRETAÇÃO: Cor original do meio: vermelho alaranjado.  Colônias com centro negro (H²S) ou colônias incolores: suspeita de Salmonella.  Colônias incolores: suspeita de Shigella spp. Colônias cor de rosa ou vermelho: suspeita de Escherichia coli ou Klebsiella spp. As bactérias não fermentadoras de lactose são incolores. As bactérias fermentadoras de lactose aparecem na cor rosa.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Conservar embalado de 4 a 8°C por 3 meses.

RECOMENDAÇÕES: Ausência de crescimento ou crescimento escasso, reincubar a placa mais 24 horas.  Não autoclavar, pois a alta temperatura degrada o açúcar contido no meio.


CALDO SELENITO
PRINCÍPIO : Tem propriedades que inibem coliformes e outras espécies da flora intestinal como estreptococos.

UTILIDADE: Utilizado para o enriquecimento e isolamento de Salmonella spp. e Shigella spp. em amostras de fezes, urina e alimentos.

FÓRMULA / PRODUTO : Meio comercial: Selenito , Novobiocina

PROCEDIMENTOS: Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;  Aquecer até levantar fervura, homogeneizando de vez em quando; Não autoclavar;  Aguardar esfriar e adicionar 0,04 g de novobiocina por litro de meio (novobiocina inibe o véu de Proteus spp.);  Distribuir 7 ml em tubos estéreis de 15x150 mm com tampa de rosca.

CONTROLE DE QUALIDADE
Crescimento: Preparar uma suspensão de Escherichia coli ATCC 25922 e Salmonella typhimurium ATCC 14028 na escala 0,5 de Mac Farland;  Semear 0,01 ml da suspensão na placa de SS;  Incubar a placa a 35 ±1°C por 12 a 18 horas.
Positivo: crescimento da Salmonella typhimurium.
Negativo: não á crescimento de Escherichia coli.

INOCULAÇÃO : Inocular 3 a 4 alçadas da amostra de fezes no meio de cultura;  Incubar a 35±1°C por 12 a 18 horas.

INTERPRETAÇÃO: Cor original do meio: vermelho tijolo. Após incubação, semear com o auxílio de uma alça bacteriológica em meios seletivos e enriquecidos (SS, Mac Conkey, XLD, Hectoen).

CALDO TETRATIONATO
PRINCÍPIO:  Os sais de bile contidos no meio de tetrationato inibem microrganismos Gram positivos e a adição da solução de iodo inibe a flora intestinal normal de espécies fecais.

UTILIDADE:  Meio de enriquecimento para Salmonella spp.

FÓRMULA / PRODUTO
Meio comercial: Caldo Tetrationato. Solução de Iodo para tetrationato: para ser adicionado no caldo antes de semeada a amostra de fezes.
Iodo metálico 6,0 g ـ Iodeto de potássio 5,0 g ـ Água destilada 20,0 ml

PROCEDIMENTOS
Caldo tetrationato. Pesar e hidratar o meio segundo instruções do fabricante; Aquecer até ferver;  Distribuir 10 ml em tubos estéreis com tampa de rosca;  Não autoclavar.

Solução de iodeto de potássio. Macerar o iodeto de potássio e o iodo em um graal; Adicionar água aos poucos até dissolver completamente;  Colocar em frasco âmbar.

CONTROLE DE QUALIDADE
Crescimento:  Preparar uma suspensão de Salmonella typhimurium ATCC 14028 e uma cepa de Escherichia coli ATCC 25922 na escala 0,5 de Mac Farland; Semear 0,01 ml da suspensão em uma placa de SS; Se houver crescimento de Salmonella e inibição de Escherichia coli, liberar o lote para uso.

INOCULAÇÃO: Adicionar 0,2 ml da solução de iodo no tubo;  Inocular 1a 3 g da amostra de fezes e homogeneizar vigorosamente; Incubar a 35 ±1°C por 12 a 18 horas.

INTERPRETAÇÃO: Cor original do meio: límpido com precipitado branco.  O crescimento é indicado pela turbidez do meio.  Após incubação, semear 3 a 4 alçadas da amostra em uma placa de SS e/ou Mac Conkey.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE : Tetrationato: Conservar de 4 a 8°C por até 4 meses.  Solução de iodo: Conservar em frasco âmbar a temperatura ambiente por até 12 meses.

CONTROLE DE QUALIDADE
 Positivo: Neisseria gonorrhoeae 43069 e Neisseria meningitidis 13090.
Negativo: Staphylococcus aureus ATCC 25923.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Conservar embalado de 4 a 8°C por até 3 meses.

INOCULAÇAO: Usar a técnica de semeadura por esgotamento; Incubar em CO2 e umidade (jarra com vela acesa e um chumaço de algodão embebido em água);  Incubação por 48 horas.

INTERPRETAÇÃO : Cor original do meio: castanho escuro (chocolate).  Colônias pequenas com pigmento creme: sugestivo de Neisseria gonorrhoeae e Neisseria meningitidis. Fazer esfregaço de todas as colônias suspeitas e corar pela técnica de Gram, para confirmar se trata-se ou não de Neisseria (diplococos Gram negativos reniformes). Confirmando a morfologia pelo Gram, seguir identificação com testes de oxidase e provas de fermentação.

RECOMENDAÇÕES:  Antes de semear o material biológico aquecer o meio de cultura em estufa à 35ºC, pois temperaturas baixas podem inibir o crescimento de Neisserias; Não usar meio, suplementos e sangue vencidos; Se não for incubado em CO2 e não houver crescimento, pode ser um resultado falso - negativo, pois as Neisserias necessitam de atmosfera com o CO2 para o crescimento; Se não houver crescimento, incubar até 5 dias.

CALDO TIOGLICOLATO COM INDICADOR
PRINCÍPIO: O meio de Tioglicolato dá suporte para o crescimento de vários microrganismos. O potencial de oxidação e redução baixo do meio neutraliza efeitos antibacterianos das espécies preservadas com mercúrio. A resazurina e o azul de metileno são indicadores da posição de oxidação de aeróbios e a dextrose incluída na fórmula é para os microrganismos que tem crescimento vigoroso na presença do carboidrato.

UTILIDADE :Usado para o cultivo de microrganismos aeróbios, microaerófilos e anaeróbios.  Usado para controle de esterilidade bacteriana de diversos materiais.

FÓRMULA / PRODUTO: Meio comercial: Tioglicolato caldo com indicador

PROCEDIMENTOS: Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante; Aquecer em bico de Bunsen, até dissolver completamente; Distribuir 5 ml por tubo;Esterilizar em autoclave.pH: 7,2 +/- 0,2

CONTROLE DE QUALIDADE: Crescimento bom a excelente: Bacillus subtilis ATCC 6633, Streptococcus pyogenes ATCC 19615.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE :Temperatura ambiente: 3 meses. Entre 4 a 8ºC: 6 meses.

INOCULAÇÃO:Com auxílio da alça bacteriológica, inocular o material biológico introduzindo a alça até a metade do tubo; Retirar a alça sem agitar o tubo; Incubar à 35 =/- 1ºC por 24 horas.

INTERPRETAÇÃO : Cor original: amarelo claro. Presença de crescimento: turvação do meio. Ausência de crescimento: meio permanece inalterado.  Crescimento de microrganismos anaeróbios: crescimento na profundidade do meio. Crescimento de microrganismos aeróbios: crescimento na superfície do meio.

RECOMENDAÇÕES:Não usar o meio quando estiver com cor rosa ou esverdeado na superfície, pois indica a presença de oxigênio no meio. Recomenda-se o uso do meio recém preparado, porém, se não houver a presença de oxigênio, pode-se usar um período maior.  Não usar meios que estejam turvos.  Não utilizar o meio quando o indicador atingir a metade do volume do meio.

CALDO TIOGLICOLATO SEM INDICADOR

PRINCÍPIO:  As substâncias redutoras tioglicolato, cisteína e sulfito de sódio produzem uma anaerobiose suficiente para microrganismos anaeróbios exigentes.

UTILIDADE ƒ Usado para o cultivo de microrganismos anaeróbios.

FÓRMULA / PRODUTO: Meio comercial: Tioglicolato caldo sem indicador.

PROCEDIMENTOS: Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;  Aquecer em bico de Bunsen, até dissolver completamente; Distribuir 5 ml por tubo;  Esterilizar em autoclave. pH: 7,2 +/- 0,2

CONTROLE DE QUALIDADE: Crescimento bom a excelente: Clostridium perfringens ATCC 10543.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Temperatura ambiente: 18 meses.

INOCULAÇÃO: Com auxílio da alça bacteriológica, inocular o material biológico introduzindo a alça até o fundo do tubo; Retirar a alça sem agitar o tubo;  Incubar à 35 =/- 1ºC em jarra com gerador de anaerobiose durante 48 horas.

INTERPRETAÇÃO:Cor original: amarelo claro. Presença de crescimento: turvação do meio.  Ausência de crescimento: meio permanece inalterado.

RECOMENDAÇÕES: Não usar meios que estejam turvos. Se necessário, incubar um período superior à 48 horas.

ÁGAR MAC CONKEY
PRINCÍPIO: O cristal violeta inibe o crescimento de microrganismos Gram positivos especialmente enterococos e estafilococos. A concentração de sais de bile é relativamente baixa em comparação com outros meios, por isso não é tão seletivo para Gram negativos como, por exemplo, o ágar SS.

UTILIDADE:Isolar bacilos Gram negativos (enterobactérias e não fermentadores) e verificar a fermentação ou não da lactose.

FÓRMULA /PRODUTO: Meio comercial: Ágar MacConkey.

PROCEDIMENTOS:Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante; Aquecer sob agitação até fundir o ágar completamente; ƒ Esterilizar em autoclave; Resfriar até 50°C e distribuir 20 a 25 ml em placas de Petri 90 mm estéreis; Deixar em temperatura ambiente até resfriar; Embalar as placas com plástico PVC transparente e guardar em geladeira de 4 a 8°C.

CONTROLE DE QUALIDADE:Positivo: Proteus mirabilis ATCC 12453 (não fermentador de lactose). Positivo: Escherichia coli ATCC 25922 (fermentador de lactose). Negativo: Staphylococcus aureus ATCC 25923.

INOCULAÇÃO: Inocular as placas e incubar por 18 a 24 horas; Se negativo após 24 horas, reincubar por mais 24 horas.

INTERPRETAÇÃO: Cor original do meio: rosa avermelhado. Crescimento de bacilos Gram negativos. Colônias cor de rosa: fermentadoras de lactose. Colônias incolores: não fermentadoras de lactose.  Não há crescimento de cocos Gram positivos.

 CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Conservar as placas embaladas de 4 a 8°C por até 3 meses.

ÁGAR SANGUE
PRINCÍPIO: O meio de Ágar sangue, usando uma base rica como abaixo descrita, oferece ótimas condições de crescimento a maioria dos microrganismos. A conservação dos eritrócitos íntegros favorecem a formação de halos de hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.

UTILIDADE :Usado para o isolamento de microrganismos não fastidiosos. Verificação de hemólise dos Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. Usado na prova de satelitismo (para identificação presuntiva de Haemophilus spp.).

FÓRMULA / PRODUTO : Meio comercial: Blood Ágar Base, Columbia Ágar Base, BHI Ágar, Mueller Hinton Ágar; Sangue desfibrinado de carneiro ou coelho: ـ 5 ml para cada 100 ml de meio base. ـ pH: 6,8 +/- 0,2

PROCEDIMENTOS :Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante; Esterilizar em autoclave; Esfriar a base à +/- 50ºC;  Adicionar 5 ml de sangue desfibrinado de carneiro para cada 100 ml de base; Homogeneizar delicadamente para não formar bolhas; Distribuir em placas de Petri de 90 mm de diâmetro.

CONTROLE DE QUALIDADE: Hemólise beta hemolítica: Streptococcus pyogenes ATCC 19615 ou Staphylococcus aureus ATCC 25923. Hemólise alfa hemolítica: Streptococcus do grupo viridans ou Streptococcus pneumoniae ATCC 6305.  Hemólise gama (sem hemólise): Enterococcus faecalis ATCC 29212 ou Staphylococcus epidermidis ATCC 12228.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Conservar de 4 a 10°C por 4 meses.

INTERPRETAÇÃO:Cor original do meio: vermelho. Beta hemólise: presença de halo transparente ao redor das colônias semeadas (lise total dos eritrócitos).  Alfa hemólise: presença de halo esverdeado ao redor das colônias semeadas (lise parcial dos eritrócitos).  Gama hemólise (sem hemólise): ausência de halo ao redor das colônias (eritrócitos permanecem íntegros).

RECOMENDAÇÕES :Não usar sangue de carneiro vencido, pois o meio fica hemolisado ou com cor muito escura, dificultando o estudo de hemólise;  Não usar sangue humano, pois alguns microrganismos não apresentam hemólise;  Não adicionar o sangue na base do meio quente, pois as hemácias rompem-se, dificultando o estude de hemólise; Por ser um meio rico, o crescimento a partir de materiais biológicos em geral costuma ser abundante, sempre que necessário, isolar a colônia em estudo para os procedimentos de identificação, para não correr o risco de trabalhar com cepas misturadas.

ÁGAR CLED – CYSTINE LACTOSE ELECTROLYTE DEFICIENT

PRINCÍPIO :Usado para isolamento e quantificação de microrganismos presentes em amostras urina. A deficiência de eletrólitos inibe o véu de cepas de Proteus.

UTILIDADE :Isolar e quantificar microrganismos Gram positivos, Gram negativos e leveduras.

FÓRMULA / PRODUTO : Meio comercial: Ágar Cled.

PROCEDIMENTOS : Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante; Esterilizar em autoclave; Resfriar à +/- 50°C e distribuir de 20 a 25 ml em placas de Petri 90 mm estéreis;  Deixar em temperatura ambiente até resfriar.

CONTROLE DE QUALIDADE
Positivo: ـ Lactose positiva: Escherichia coli ATCC 25922: crescimento moderado a denso, colônias médias ou grandes amareladas, após 48 horas de incubação. ـ Lactose negativa: Proteus vulgaris ATCC 8427: crescimento moderado a denso, colônias azuis translúcidas.
Negativo: ausência de crescimento

INOCULAÇÃO:Verificar técnica de semeadura quantitativa.

INTERPRETAÇÃO:Cor original do meio: azul claro. Colônias lactose positiva: cor amarela. Colônias lactose negativa: cor azul.

Características de crescimento:
Escherichia coli: colônias opacas, amarelas com ligeira cor amarelo escuro no centro, com cerca de 1,25 mm de diâmetro, as não fermentadoras de lactose colônias azuis.
 Espécies de Klebsiella: colônias muito mucosas, cor variável de amarelo a branco azulado .
Espécies de Proteus: colônias azul translúcidas, geralmente menor que E.coli.
 Espécies de Salmonella: colônias planas, cor azul.
 Enterococcus faecalis: colônias amarelas, com cerca de 0,5 mm de diâmetro.
 Staphylococcus aureus: colônias amarelas, com cerca de 0,75 mm de diâmetro.
 Staphylococcus coagulase negativa: colônias amarelo palha e brancas .
Corynebacterium: colônias pequenas e cinza .
Lactobacilos: colônias pequenas e com superfície rugosa .
Pseudomonas aeruginosa: colônias verdes, com superfície prateada e periferia rugosa .

CONSERVAÇÃO E VALIDADE : Conservar embalado de 4 a 8°C por até 3 meses.

RECOMENDAÇÕES :Organismos que fermentam lactose baixam o pH e mudam a cor do meio de verde para amarelo, podendo assim verificar se o microrganismo é lactose negativa ou positiva; Espécies de Shigella não crescem em meios deficientes em eletrólitos.


CALDO BHI – BRAIN HEART INFUSION
PRINCÍPIO :É um meio derivado de nutrientes de cérebro e coração, peptona e dextrose. A peptona e a infusão são fontes de nitrogênio, carbono, enxofre e vitaminas. A dextose é um carboidrato que os microrganismos utilizam para fermentação.

UTILIDADE : Meio para cultivo de estreptococcos, pneumococos, meningococos, enterobactérias, não fermentadores, leveduras e fungos.  Pode ser utilizado na preparação do inóculo para teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, para realização de teste de coagulase em tubo, para teste de crescimento bacteriano a 42 e 44°C e para teste de motilidade em lâmina.

FÓRMULA / PRODUTO : Meio comercial: Caldo BHI (infusão de cérebro e coração).

PROCEDIMENTOS:Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante; Distribuir 3,0 ml em tubos com tampa de rosca;  Esterilizar em autoclave; Retirar os tubos da autoclave e deixar esfriar em temperatura ambiente.

CONTROLE DE QUALIDADE :Positivo: Streptococcus pneumoniae ATCC 6305 e Candida albicans ATCC 10231. Negativo: meio sem inocular.

INOCULAÇÃO :Com o auxílio de uma alça ou fio bacteriológico, inocular a colônia ou o material a ser testado - realizar o teste com colônias puras de 18 a 24 horas; Incubar a 35°C ±2 por 24 a 48 horas;  Para isolamento de fungos incubar por até 5 dias.

INTERPRETAÇÃO:Cor original do meio: amarelo claro, límpido.  Positivo: presença de turvação = crescimento bacteriano. Negativo: ausência de turvação.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE :Conservar de 4 a 10°C por 6 meses.

RECOMENDAÇÕES : Para cultivo de anaeróbios, acrescentar 0,1% de ágar.  Para crescimento de Haemophilus e outros fastidiosos é necessário adição de suplementos a base de L-cisteína, NAD (fator V) e hemina (fator X).

LÖWENSTEIN JENSEN
PRINCÍPIO :A base do meio é constituída por ovos integrais, o que permite amplo crescimento das micobactérias e o crescimento é satisfatório para o teste de niacina (que é positivo para Mycobacterium tuberculosis).

UTILIDADE: Isolamento primário das micobactérias.

FÓRMULA / PRODUTO
Meio comercial: Meio TB para Bacilos de Koch Seg. Löwenstein Jensen ou Löwenstein Medium Base

Ovos de galinha frescos

Meio base - fórmula:
Fosfato monopotássico 1,2 g
Sulfato de magnésio 0,12 g
Citrato de magnésio 0,3 g
 L-asparagina 1,8 g Fécula de batata 15,0 g
 Glicerol 6,0 ml
Ovos totais 500 ml
Solução de Verde de malaquita a 2% 10 ml

Solução de Verde de malaquita à 2% - Fórmula:
Verde de malaquita 2 g
 Água destilada 100 ml

PROCEDIMENTOS
Preparação dos ovos:
 Escovar os ovos, um a um, com escova de cerdas macias; Deixar os ovos submersos em água e detergente comum, durante 30 minutos;  Enxaguar com água corrente cuidadosamente um a um; Deixar os ovos submersos em álcool etílico a 70% durante 30 minutos;  Retirar os ovos cuidadosamente e secar com pano estéril; Reservar os ovos.

Solução de Verde de malaquita a 2%:
Pesar o verde de malaquita e adicionar a água; Homogeneizar bem até dissolver o corante; Esterilizar em vapor fluente durante 30 minutos;  Reservar a solução.

Meio comercial:
Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;  Adicionar o glicerol e aquecer o meio, agitando constantemente até ferver;  Esterilizar em autoclave;  Resfriar a base à 45 - 50ºC;  Quebrar os ovos, um a um, cuidadosamente em copo de béquer estéril e transferir, um a um, para uma proveta estéril de 500 ml;  Completar a proveta com ovos até completar 500 ml;  Transferir os ovos para um copo de liqüidificador estéril - se não tiver liqüidificador próprio para laboratório, transferir os ovos para um balão de 1000 ml contendo pérolas de vidro de tamanho médio, ambos estéreis;  Homogeneizar os ovos;  Passar os ovos para o balão que contém a base fria, filtrando em funil e gaze estéril;  Adicionar o verde de malaquita;  Homogeneizar bem;  Deixar repousar durante 30 minutos para as bolhas da superfície estourarem;  Distribuir 10 a 12 ml por tubo de rosca estéril;  Colocar os tubos no coagulador inclinados com a superfície em forma de bico de flauta (ângulo de 45º) durante 50 minutos a 85ºC - se não tiver coagulador, pode-se coagular os ovos em banho de areia à 85ºC colocado em estufa de esterilização, também por 50 minutos, tendo o cuidado de verificar a temperatura constantemente.

Meio não comercial:
Diluir a L-asparagina em pouca água e dissolver aquecendo lentamente no bico de Bunsen;  Acrescentar os demais componentes, exceto os ovos e o verde de malaquita; Esterilizar em autoclave;  Seguir os passos 4 ao 14 listados acima.

CONTROLE DE QUALIDADE
Esterilização: colocar todos os tubos em estufa;
Crescimento bom a excelente:
Mycobacterium tuberculosis ATCC 25618
 Mycobacterium avium ATCC 25291

CONSERVAÇÃO E VALIDADE
Conservar entre 4 a 8ºC por 3 meses.

INOCULAÇÃO
Para materiais biológicos de sítios contaminados, fazer descontaminação prévia pelas técnicas desejadas (Petroff, NALC, Lauril sulfato de sódio, Corper & Stoner modificado);  Semear 5 gotas ou mais, cobrindo bem a superfície do meio;  Manter os tubos inclinados com a tampa semi aberta até secar bem o inóculo;  Depois de seco o inóculo, rosquear os tubos e incubar 60 dias à 35ºC;  Semanalmente, abrir as tampas próximo ao bico de Bunsen para ventilar os cultivos e observar a presença ou não de crescimento.

INTERPRETAÇÃO

Cor original do meio: verde claro
Positivo: Crescimento de colônias amarelas
 Negativo: ausência de crescimento.

RECOMENDAÇÕES

Como é um meio rico em proteínas, bactérias proteolíticas contaminam o meio, liqüefazendo-o, para isto, deve-se fazer uma leitura com 24 horas de incubação para tirar as culturas que possam ter contaminado;  Não usar ovos velhos;  Não quebrar mais que um ovo por vez, pois pode ter algum estragado e contaminar os demais;  Manter sempre mais que um béquer estéril para o caso de haver algum ovo estragado;  Não liberar culturas negativas com tempo inferior a 60 dias de incubação, pois as micobactérias desenvolvem-se lentamente;  Fazer um esfregaço do crescimento e corar pela técnica de Ziehl para confirmar ser um Bacilo Álcool Ácido Resistente, pois alguns contaminantes podem crescer com pigmento amarelo.



MEIO BIFÁSICO: LÖWENSTEIN E MIDDLEBROOK

PRINCÍPIO :O meio é constituído de duas fases, uma sólida que é o meio de Löwenstein Jensen e uma líquida, que é o meio 7H-9, juntos fornecem os nutrientes necessários para o desenvolvimento das micobactérias isoladas de materiais nobres.

UTILIDADE: Sistema desenvolvido para o isolamento de micobactérias do sangue e de materiais paucibacilares, como líquor, líquido pleural, biópsias, entre outros.

FÓRMULA / PRODUTO
Meio comercial: Meio TB para Bacilos de Koch Seg. Löwenstein Jensen ou Löwenstein Medium Base
 Meio comercial: Middlebrook 7H-9 broth
Meio comercial: Middlebrook Enrichment (suplemento para enriquecimento).
 Ovos de galinha frescos

PROCEDIMENTOS:Meio de Löwenstein Jensen: procedimento igual ao já descrito, distribuindo 12 ml do meio em frascos estéreis com capacidade para 100 ml (usar tampão de algodão e depois do meio pronto - parte sólida e líquida, substituir por tampa de borracha e lacre de alumínio) e coagulando os frascos bem inclinados.

Meio Middlebrook 7H-9 broth:
Pesar e hidratar conforme instruções do fabricante; ـ Adicionar o glicerol, conforme instruções do fabricante; ـ Esterilizar em autoclave; ـ Resfriar a base à - 50ºC; ـ Adicionar o suplemento Middlebrook Enrichment, conforme instruções do fabricante; ـ Homogeneizar bem; ـ Distribuir 15 ml em cada frasco de Löwenstein Jensen inclinado; ـ Fazer o controle de qualidade de esterilidade; ـ Lacrar os frascos com tampa de borracha (previamente submersas em álcool etílico 70% durante 30 minutos) e lacre de alumínio. ـ pH: 6,6 +/- 0,2 .

CONTROLE DE QUALIDADE

Crescimento bom a excelente: Mycobacterium tuberculosis ATCC 27294 e Mycobacterium fortuitum ATCC 6841.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE: Conservar os frascos embalados de 4 a 8°C por até 3 meses.

INOCULAÇÃO: Por serem materiais estéreis, não é necessário a descontaminação;  Colher assepticamente 5 ml de sangue e inocular no frasco ;  Se for outro material, inocular até 5 ml de material;  Incubar durante 60 dias à 35º /- 0,2;  Banhar o meio sólido semanalmente.

INTERPRETAÇÃO:Cor original do meio: parte sólida: verde clara, parte líquida: âmbar claro. Positivo: turvação do meio líquido e crescimento de colônias amarelas no meio sólido.  Negativo: ausência de turvação e crescimento nos meios líquido e sólido.

RECOMENDAÇÕES:Não usar frascos com meio líquido turvo;  Volumes de inóculos inferires a 2,5 ml podem resultar em culturas falso - negativas; Não liberar culturas negativas com tempo inferior a 60 dias de incubação, pois as micobactérias desenvolvem-se lentamente;  Fazer um esfregaço do crescimento e corar pela técnica de Ziehl para confirmar ser um Bacilo Álcool Ácido Resistente, pois alguns contaminantes podem crescer com pigmento amarelo.

ÁGAR MYCOSEL
PRINCÍPIO: A Cicloheximida, um dos componentes do meio, serve para selecionar dermatófitos o cloranfenicol inibe o crescimento de bactérias e alguns fungos filamentosos.

UTILIDADE: Isolamento de fungos patogênicos, principalmente dermatófitos, a partir de material de investigação contaminado.

FÓRMULA / PRODUTO: Meio comercial: Mycosel Ágar, Mycobiotic Ágar ou Ágar seletivo para fungos patogênicos.

PROCEDIMENTOS:Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante; Esterilizar em autoclave; Resfriar à +/- 50ºC e distribuir em placas de 90 mm de diâmetro ou 4 ml por tubo;  Se distribuir em tubos, deixar solidificar com inclinação em forma de bico de flauta (ângulo de 45º). pH: 6,9 +/- 0,1.

CONTROLE DE QUALIDADE:Crescimento bom a excelente: Trichophyton verrucosum ATCC 36058, Candida albicans ATCC 10231.Crescimento inibido: Aspergillus niger ATCC 16404, Candida tropicalis, Penicillium spp.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE:Conservar embalado de 4 a 8°C por até 3 meses.

INOCULAÇÃO:Inocular sempre dois tubos ou placas; Se em placa: semear com a técnica de semeadura quantitativa; Se em tubo: estriar na superfície inclinada do meio; Incubar um dos meios semeados em temperatura ambiente e o outro a 37ºC; Observar diariamente a presença ou não de crescimento;  Incubar 40 dias.

INTERPRETAÇÃO:Cor original do meio: amarelo claro opalescente. Após o crescimento, deve-se seguir a identificação do microrganismo que cresceu.

RECOMENDAÇÕES :A ausência de crescimento não indica uma cultura negativa para fungos, pois alguns fungos podem ter o crescimento inibido neste meio.  Recomenda-se o uso de meios em tubos, pois a incubação demorada resseca com facilidade o meio contido em placas.

ÁGAR SABOURAUD
PRINCÍPIO :Meio com nutrientes que favorece o crescimento de diversos fungos leve duriformes e filamentosos.

UTILIDADE: Cultivo e crescimento de espécies de Candidas e fungos filamentosos, particularmente associados a infecções superficiais.Caracterização macroscópica do fungo filamentoso (colônia gigante).

FÓRMULA / PRODUTO :Meio comercial: Sabouraud Dextrose Ágar.

PROCEDIMENTOS:Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante; Esterilizar em autoclave; Resfriar à +/- 50ºC e distribuir em placas de 90 mm de diâmetro ou 4 ml por tubo;  Se distribuir em tubos, deixar solidificar com inclinação em forma de bico de flauta (ângulo de 45º). pH: 5,6 +/- 0,1 .

CONTROLE DE QUALIDADE:Crescimento bom a excelente: Candida albicans ATCC 10231, Aspergillus niger ATCC 16404.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE:Conservar embalado de 4 a 8°C por até 6 meses.

INOCULAÇÃO: Inocular sempre dois tubos ou placas; Se em placa: semear com a técnica de semeadura quantitativa;  Se em tubo: semear na superfície inclinada do meio;  Incubar um dos meios semeados em temperatura ambiente e o outro à 37ºC;  Observar diariamente a presença ou não de crescimento;  Incubar 40 dias.

INTERPRETAÇÃO :Cor original do meio: amarelo claro opalescente. Após o crescimento, deve-se seguir a identificação do microrganismo que cresceu.

RECOMENDAÇÕES :Recomenda-se o uso de meios em tubos, pois a incubação demorada resseca com facilidade o meio contido em placas.  Não usar meios vencidos e/ou ressecados.  Para suspeitas de Histoplamasma capsulatum e Paracoccidioides brasiliensis, semear em BHI ágar.



Curso de Bioestatística- Parte 1

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