segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Ascaris lumbricóides

 

Ascaris lumbricóides






   O parasito Ascaris lumbricóides é um helminto conhecido no meio clinico e popular, pela sua grande distribuição geográfica e danos causados nos hospedeiros. O parasito é denominado Lombriga ou Bicha, a patologia causada é denominada ascaridíase, ascaridose ou ascariose. O parasito adulto são grandes: os vermes machos tem de 15 a 30 cm e fêmeas de 20 a 50 cm de comprimento. Porem deve-se ressaltar que o tamanho do parasito depende da quantidade de parasitos albergados no paciente, além do estado nutricional do mesmo.

   Os ovos do parasita são brancos porem adquire pigmentação castanha após contato com fezes. Os ovos são grandes, medindo aproximadamente 50 μm, sendo ovais e com cápsula espessa, em decorrência da membrana externa mamilonada. Os ovos apresentam massa de células germinativas. As fêmeas após copula eliminam aproximadamente 200000 ovos diariamente, os ovos tornam-se infectantes aproximadamente um mês após contato com solo e são infecciosos por vários meses. As fêmeas podem produzir ovos inférteis em infecções sem o parasita macho.

   A ascaridíase é prevalente e endêmica em regiões onde o saneamento básico e tratamento dos dejetos humanos são precárias, alem de locais onde o esgoto humano é utilizado na fertilização.

   O primeiro estagio de desenvolvimento do parasito e a larva L1, a larva L1 é rabiditoide, pois possui duas dilatações no esôfago em ambas as extremidade e uma constrição no meio. A larva L1 transforma em L2 aproximadamente uma semana após o inicio do ciclo. Logo após a larva L2 sofre muda para o estagio L3 que é o estagio infectante. A larva L3 é filarióide, pois tem o esôfago retilíneo.

   Após o paciente ingerir os ovos larvados em estagio L3, os ovos eclodem no intestino delgado, as larvas perfuram a parede intestinal caindo nos vasos linfáticos e veias, invadindo o fígado. Logo após chegam ao coração pela veia Cava, seguindo para os pulmões. Após as larvas sofrerem muda para estagio L4 elas rompem os capilares e caem nos alvéolos, sofrendo nova transformação para estagio L5, subindo pela traquéia chegam à faringe onde são deglutidas, fixando no intestino delgado, transformando-se em jovens adultos, após chegar à maturidade sexual fazem a cópula e ovipostura, eliminando ovos nas fezes para completar o ciclo.

   A ingestão de poucos ovos não produz sintomas clínicos, porem um único parasito adulto pode perfurar o intestino causando infecção bacteriana secundaria, alem de possível migração para o bucto biliar e fígado. A migração dos parasitos para os pulmões ocasionam pneumonite semelhante a ataque de Asma (tosse, eosinofilia e infiltrado pulmonar). Quando presente em grandes quantidades os parasitas podem pode provocar grave obstrução mecânica no intestino.

   Geralmente a ascaridíase e assintomática dificultando o diagnostico clinico, o diagnostico laboratorial é feito pela pesquisa dos ovos nas fezes, a técnica mais utilizada é a sedimentação espontânea, porem o método de Kato modificado por Katz é recomendada para realização de inquéritos epidemiológicos.

   A OMS recomenda o uso de quatro drogas no tratamento da ascaridíase, Albendazol, Mebendazol, Levamisol e Pamoato de Pirantel.

Curso de Bioestatística- Parte 1

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