segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Ancylostoma duodenale




   
     O parasito Ancylostoma duodenale faz parte do Reino Metazoa, Filo Nematoda, Classe Secernentea, Ordem Strongylida, Família Ancylostomatidae. Os parasitos apresentam dimorfismo sexual alem de duas estruturas bastantes características: cápsula bucal, nas fêmeas e machos, e bolsa copuladora, nos machos. O Ancylostoma duodenale parasita o intestino delgado ingerindo sangue do hospedeiro. O parasito adulto se fixa, através dos dentes, na mucosa do intestino delgado do hospedeiro. As fêmeas fazem ovoposição de milhares de ovos, os eliminando nas fezes do hospedeiro. Os ovos do Ancylostoma duodenale são bastante característicos, as larvas rabditóide do primeiro estádio, são chamadas L1, eclodindo entre 24 e 48 horas após o ovo entrar em contato com o meio externo. A larva L1 sofre transformação para larva rabditóide L2. Após nova muda e surge a larva L3. O desenvolvimento do ovo até a larva L3 ocorre de cinco a oito dias. A infecção intestinal ocorre após a penetração das larvas L3 através na pele ou pela ingestão das mesmas, a segunda via mais eficiente para iniciar a patologia.
    Na infecção por via oral, o hospedeiro ingere as larvas L3, as larvas perdem sua cutícula na passagem pelo estômago. Após três dias de infecção as larvas migram para o intestino invadindo a mucosa intestinal, sofrendo muda para larva L4, as larvas L4 migram para o lúmen do intestino delgado, onde transforma em adultos jovens, fixando à mucosa intestinal realizando hematofagia e posterior cópula.
   Nas infecções percutâneas, as larvas L3 penetram na pele através dos folículos pilosos, chegando aos vasos sangüíneos e/ou linfáticos.
Uma vez na circulação sanguínea, as larvas L3 são levadas para a microcirculação pulmonar, penetrando nos alvéolos, passando pelo sistema respiratório, sendo expelidas ou deglutidas. As larvas L3 durante a passagem pelo sistema respiratório sofrem a muda para estagio larval L4.
   Após chegarem ao sistema digestivo passando pelo estômago e chegando ao intestino delgado, as larvas desenvolvem em vermes adultos, alimentando e se reproduzindo. Alternativamente, as larvas L3 podem adentrar na circulação sistêmica migrando pelos tecidos (migração somática), ficando instaladas nas fibras musculares esqueléticas como larvas L3 hipobióticas (dormentes).
   A ancilostomose em humanos é uma grave patologia acometendo milhões de pessoas em regiões tropicais e subtropicais. A patogenia causada pelo Ancylostoma duodenale é uma consequência direta da perda sanguínea, ocasionado pela fixação e alimentação do Ancylostoma duodenale na mucosa intestinal.  Em algumas regiões países a
Ancilostomose é a principal causadora da perda de sanguínea intestinal, anemia por deficiência de ferro e desnutrição protéica, dependendo do estado nutricional do hospedeiro e da carga parasitária, a parasitose pode causar retardo mental e físico, óbitos em crianças e danos à saúde materno-fetal em gestantes. O diagnóstico da parasitose é feito através detecção de ovos nas  fezes, porem vale ressaltar que os ovos do Ancylostoma duodenale e muito semelhantes a de outros estrongilídeos. Como alternativamente, o método de coprocultura desenvolvimento de larvas L3 a partir dos ovos – pode ser utilizado. O tratamento é feito com uso das drogas anti-helmínticas, como albendazol, mebendazol, pamoato de pirantel e/ou levamisol.



Deus seja louvado

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