domingo, 15 de outubro de 2017

Estrongiloidíase humana


    A patologia estrongiloidíase humana é uma helmitose provocada por nematóide intestinal pertencente ao gênero strongyloides, o parasito é geoelminto pertencente à família Rhabdiasidae. A patogênese inicia com a penetração da larva infectante na pele do hospedeiro, após a penetração a penetração a larva realiza um ciclo cardiopulmonar. Pode ocorrer também a transmissão oral e auto infecção.
     A forma adulta parasitária é fêmea partenogenética que mede entre 1,7 a 2,5 mm. As larvas infectantes do parasita Strongyloides stercoralis presente no solo, penetram na pele e chegam aos pulmões, traquéia e epiglote, logo após são deglutidas atingindo o trato digestivo transformando-se em parasitos adulto. Após a liberação dos ovos larvados, os ovos eclodem no intestino liberando larvas rabitoides (não infectante), que são expelidas nas fezes.
    No ambiente externo, as larvas rabditoides evoluem para filarioide (forma infectante), porem podem evoluir para vermes adultos de vida livre, após a copula os parasitas adultos de vida livre geram novas formas infectantes.
     Outras formas de infecção é transmissão fecal-oral, ingestão de água ou alimentos contaminados. Alem das formas citadas, podem ocorrer autoinfecção externa e interna, a forma externa ocorre quando as larvas penetram na mucosa retal, a interna ocorre no intestino em situação propicia a transformação das larvas em formas infectantes.
     O período entre a larva infectante penetrando a pele é o surgimento das larvas não infectantes nas fezes ocorre entre 14-18 dias, já a manifestação clinica varia de paciente para paciente. A estrongiloidiase na maioria dos pacientes é assintomática, as formas sintomáticas podem causar dermatológicas, pulmonares e intestinais. As lesões dermatológicas apresentam quadros urticariformes, maculopapulares,
     Serpiginosas, que são secundários a penetração das larvas na pele. As manifestações pulmonares são tosse seca, dispnéia, bronco espasmos e edema pulmonar, cursando para eosinofilia elevada. No intestino as manifestações são; flatulência, cólica, anorexia, náusea, vômitos e diarréia. Em pacientes com imunossupressão, a doença pode ser fatal em decorrência da disseminação para vários órgãos. O diagnostico se da identificando as larvas em amostras fecal. As técnicas mais utilizadas são o exame direto utilizando solução salina e lugol, Baermann-Moraes, sedimentação, cultura em placa de Ágar e Harada-Mori. Em quadros de infecção disseminada, é possível encontrar as larvas nos diversos fluidos corpóreos. O tratamento é feito com as drogas; Tiabendazol, Ivermectina ou Albendazol.


   


Deus seja louvado

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