A patologia estrongiloidíase
humana é uma helmitose provocada por nematóide intestinal pertencente ao gênero
strongyloides, o parasito é geoelminto pertencente à família Rhabdiasidae. A
patogênese inicia com a penetração da larva infectante na pele do hospedeiro,
após a penetração a penetração a larva realiza um ciclo cardiopulmonar. Pode
ocorrer também a transmissão oral e auto infecção.
A forma adulta parasitária é
fêmea partenogenética que mede entre 1,7 a 2,5 mm. As larvas infectantes do
parasita Strongyloides stercoralis presente no solo, penetram na pele e chegam
aos pulmões, traquéia e epiglote, logo após são deglutidas atingindo o trato
digestivo transformando-se em parasitos adulto. Após a liberação dos ovos
larvados, os ovos eclodem no intestino liberando larvas rabitoides (não
infectante), que são expelidas nas fezes.
No ambiente externo, as larvas
rabditoides evoluem para filarioide (forma infectante), porem podem evoluir
para vermes adultos de vida livre, após a copula os parasitas adultos de vida
livre geram novas formas infectantes.
Outras formas de infecção é
transmissão fecal-oral, ingestão de água ou alimentos contaminados. Alem das
formas citadas, podem ocorrer autoinfecção externa e interna, a forma externa ocorre
quando as larvas penetram na mucosa retal, a interna ocorre no intestino em
situação propicia a transformação das larvas em formas infectantes.
O período entre a larva infectante
penetrando a pele é o surgimento das larvas não infectantes nas fezes ocorre
entre 14-18 dias, já a manifestação clinica varia de paciente para paciente. A
estrongiloidiase na maioria dos pacientes é assintomática, as formas
sintomáticas podem causar dermatológicas, pulmonares e intestinais. As lesões
dermatológicas apresentam quadros urticariformes, maculopapulares,
Serpiginosas, que são secundários a penetração das larvas na pele. As
manifestações pulmonares são tosse seca, dispnéia, bronco espasmos e edema
pulmonar, cursando para eosinofilia elevada. No intestino as manifestações são;
flatulência, cólica, anorexia, náusea, vômitos e diarréia. Em pacientes com
imunossupressão, a doença pode ser fatal em decorrência da disseminação para
vários órgãos. O diagnostico se da identificando as larvas em amostras fecal.
As técnicas mais utilizadas são o exame direto utilizando solução salina e
lugol, Baermann-Moraes, sedimentação, cultura em placa de Ágar e Harada-Mori.
Em quadros de infecção disseminada, é possível encontrar as larvas nos diversos
fluidos corpóreos. O tratamento é feito com as drogas; Tiabendazol, Ivermectina
ou Albendazol.
Deus seja louvado
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