quarta-feira, 29 de novembro de 2017

AGENTES DE BIOTERRORISMO

   
   Infelizmente, os ataques utilizando antraz nos Estados Unidos em 2001 transformaram a ameaça teórica de bioterrorismo em realidade. Os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) avaliaram os microrganismos que representam o maior perigo como armas biológicas, baseando-se na eficiência na qual a doença pode ser transmitida, a dificuldade em se produzir e distribuir os microrganismos, o que pode ser feito para se defender do agente e a capacidade de alarmar o público e produzir medo generalizado. Com base nesses critérios, os CDC classificaram as armas biológicas em três categorias, denominadas A, B e C.
   Os agentes na categoria A de maior risco podem ser prontamente disseminados ou transmitidos de pessoa a pessoa, tipicamente causando doenças com alta taxa de mortalidade e com potencial para grande impacto na saúde pública, podendo causar pandemias que levam ao pânico da população e desorganização social, e provavelmente necessitam de ação especial para preparo da saúde pública. Por exemplo, o vírus da varíola é um agente de categoria A devido a sua alta transmissibilidade, taxas de mortalidade de caso de 30% ou mais e falta de terapia antiviral eficaz. A varíola se dispersa facilmente de pessoa a pessoa, principalmente através de secreções respiratórias e por contato direto com o vírus nas lesões cutâneas. Após um período de incubação de 7-17 dias, as manifestações clínicas usuais são febre alta, cefaleia e dor lombar, seguidas de erupção, que surge primeiramente na mucosa da boca e faringe, face e antebraços, e se dissemina para o tronco e pernas. A erupção inicialmente é vesicular e em seguida se torna pustular. Em virtude de as pessoas afetadas serem contagiosas durante o período de incubação, o vírus da varíola pode se disseminar rapidamente
em uma população não protegida. 
   Uma vez que a vacinação de rotina para varíola foi suspensa em 1972 nos Estados Unidos, a imunidade se esvaiu, deixando a população altamente suscetível. A preocupação de que a varíola pudesse ser utilizada para bioterrorismo levou à reintrodução de vacinação para alguns grupos de médicos e militares.
   Os agentes da categoria B são moderadamente de fácil disseminação, causam moderada doença associada a morbidade, mas baixa mortalidade, e requerem diagnóstico específico e vigilância da doença. Muitos desses agentes podem ser disseminados
em água ou alimentos. 
   Os agentes da categoria C incluem patógenos emergentes, os quais podem ser projetados para disseminação em massa devido a sua fácil disponibilidade, produção e disseminação, o potencial para alta morbidade e mortalidade, e alto impacto na saúde.





 


Deus seja louvado

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