domingo, 8 de abril de 2018

Taenia sp

            

O gênero Taenia faz parte da família Taeniidae da classe Cestóide e da ordem Cyclophyllidea, os parasitos apresentam ausência de aparelho digestivo, corpo segmentado em proglotes. Possuem aparelho reprodutor hermafrodita e quatro ventosas no escólex.
   A Taenia solium parasita obrigatoriamente o porco e Taenia saginata os bovídeo, o termo solitária refere a ambos.
   Os vermes são achatados, medindo T. solium 1,5 - 4 m e T. saginata 4 – 12 m, em raros casos a T. solium pode atingir 8m e T. saginata 25 m. o parasita é branco com aspecto leitoso, algumas vezes amarelado ou rosado.
   O escólex é o órgão por onde o parasita fica aderido à mucosa, as ventosas são depressões por onde o parasita faz sucção e os ganchos são formações rígidas que ficam implantadas no tecido.
   O estróbilo e a região de crescimento do corpo do parasita, essa região tem crescimento continuo originando as proglotes jovens, à medida que o corpo se afasta do escóloex, tem origem às proglotes maduras e grávidas.
   Os ovos de T. saginata e T.solium são semelhantes, apresentando forma esférica, com 30-40 mm, possuindo no interior embrióforo com 3 mm de espessura. O embrião hexacanto é infectante quando atinge o meio. A presença de ovos nas fezes do paciente ocorre graças ao fato da superfície gerada pela ruptura entre os anéis de união das proglotes não cicatrizar. Na maioria das vezes a proglote lançam ovos no meio externo, porem a passagem de proglote pelo esfíncter anal, pode rompê-la, liberando grandes quantidade de ovos no períneo. Os pacientes infectados por Taenia saginata contaminam o ambiente com 700000 ovos diariamente. O embrião sai do envoltório no tubo digestivo do hospedeiro intermediário.
   Após o hospedeiro intermediário ingerir o ovo de T. saginata, ocorre à eclosão e ativação do embrião, logo após a oncosfera penetra a mucosa intestinal, chegando à circulação sanguínea, desenvolvendo no tecido conjuntivo dos músculos esquelético e cardíaco, tecido gorduroso e parêquima de órgãos, aproximadamente duas semanas após a infecção é possível observar os cisticercos a olho nu, após 10 semanas o amadurecimento e capacidade infectantes estão completos. Os cisticercos de Taenia saguinata mede 7-10 mm de comprimento por 4-6 mm de largura, com aspecto perláceo, ovóide ou alongado.
  A Taenia solium mede 1,5-4m, habitando o inicio do jejuno, fixando por meio de ventosas e rostelo. O parasito libera segmentos da cadeia com 5 proglotes, as mesmas misturam nas fezes. Os porcos apresentam infecção maciça graças a seu habito coprófagos. As larvas são liberadas na luz intestinal, penetra à mucosa e atinge a circulação, sendo levado ao habitat definitivo.
  O cisticerco de Taenia solium pode desenvolver em qualquer região, porem tem preferência pelos músculos cardíacos e esqueléticos dos suínos. Após 60-75 dias, as larvas são infectantes para o homem, a infecção humana ocorre quando o homem consome carne de porco crua ou mal cozida. No intestino do homem a digestão da carne libera os cisticercos, os pacientes liberam as primeiras proglotes de Taenia solium 60-70 dias depois.
   Na maioria dos casos a teníase é assintomática, o paciente são torna-se consciente da patologia quando elimina proglotes nas fezes. Nas infecções por Taenia signata, os pacientes apresentam quadros de dor abdominal, náuseas, fraqueza, perda de peso, apetite aumentado, cefaléia, constipação intestinal, vertigem, diarréia e plurido anal.
A presença do parasita pode causar alterações da motricidade e da secreção digestiva. Após o período de incubação pode surgir perturbações gastrointestinal, como; diarréia e dor epigástrica alem de perda de peso. Também pode surgir leucocitose moderada, leucopenia e eosinofilia.
   A sintomatologia provocada pela Taenia solium é semelhante à causada pela Taenia saginata. Porem a maioria dos casos e assintomática, pois o verme e menor e as proglotes são menos ativas. A gravidade da patologia esta relacionado ao fato do homem ser hospedeiro definitivo e intermediário, podendo desenvolver quadro de cisticercose humana.
   O diagnostico em boa parte dos casos é feita pelo próprio paciente, quando as proglotes livres são encontradas nas fezes ou roupa intima. O diagnostico laboratorial é feito pela pesquisa de plogotes pelo método de tamisação, esse método também é usado para diagnosticar a espécie envolvida na infecção. São também utilizados as técnicas de pesquisa de ovos nas fezes e pesquisa de ovos com fita adesiva.
  Antes de iniciar o tratamento da teníase, deve-se identificar a espécie do parasita, essa identificação é útil para direcionar o tratamento, alem de orientar o paciente sobre riscos de novas infecções.
  Quando o paciente esta infectado apenas por T. siginata sem indícios de cisticercose, o tratamento pode ser feito utilizando todo arsenal farmacológico. Quando infectado por T.solium, é apresentando quadro de clinico indicativo de cisticercose, deve-se utilizar fármacos que não ataque a forma larvária, pois a morte da larva desencadeia agravamento do quadro de cisticercose ocular e nervosa.
   Os fármacos mais utilizado são a niclosamida e praziquantel, o mebendazol e paramomicina são fármacos secundários. A semente de abobora pode ser utilizada como tratamento alternativo. Deve-se evitar fármacos que induzem o vomito pelo risco de auto infecção.
        

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Curso de Bioestatística- Parte 1

   Estatística #01 Estatística #02 ( População, Censo e Amostra) Estatística #03 (aspectos dos dados) Estatística #04 - Tabela de Frequ...