quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Parasita Trichomonas vaginalis encontrados na secreção vaginal a fresco







   


Deus seja louvado

Ágar Sangue



PRINCÍPIO 
O meio de Ágar sangue, usando uma base rica como abaixo descrita, oferece ótimas condições de crescimento a maioria dos microrganismos. A conservação dos eritrócitos íntegros favorecem a formação de halos de hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. 

UTILIDADE
Usado para o isolamento de microrganismos não fastidiosos.
Verificação de hemólise dos Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.
Usado na prova de satelitismo (para identificação presuntiva de Haemophilus spp.).

FÓRMULA / PRODUTO 
Meio comercial: Blood Ágar Base, Columbia Ágar Base, BHI Ágar, Mueller Hinton Ágar;
Sangue desfibrinado de carneiro ou coelho: 5 ml para cada 100 ml de meio base; pH: 6,8 +/- 0,2

PROCEDIMENTOS 
Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;
Esterilizar em autoclave; 
Esfriar a base à +/- 50ºC; 
Adicionar 5 ml de sangue desfibrinado de carneiro para cada 100 ml de base; 
Homogeneizar delicadamente para não formar bolhas; 
Distribuir em placas de Petri de 90 mm de diâmetro. 

CONTROLE DE QUALIDADE  
Hemólise beta hemolítica: Streptococcus pyogenes ATCC 19615 ou Staphylococcus aureus ATCC 25923.
Hemólise alfa hemolítica: Streptococcus do grupo viridans ou Streptococcus pneumoniae ATCC 6305.
Hemólise gama (sem hemólise): Enterococcus faecalis ATCC 29212 ou Staphylococcus epidermidis ATCC 12228.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE 
Conservar de 4 a 10°C por 4 meses.

INOCULAÇÃO 
Estriar a superfície do meio, usando a técnica de semeadura para isolamento;
No final da semeadura, picar o meio com a alça para verificar hemólise em profundidade;
Incubar à 35ºC 24 horas.

INTERPRETAÇÃO 
Cor original do meio: vermelho.
Beta hemólise: presença de halo transparente ao redor das colônias semeadas (lise total dos eritrócitos).
Alfa hemólise: presença de halo esverdeado ao redor das colônias semeadas (lise parcial dos eritrócitos). 
Gama hemólise (sem hemólise): ausência de halo ao redor das colônias (eritrócitos permanecem íntegros). 

RECOMENDAÇÕES 
Não usar sangue de carneiro vencido, pois o meio fica hemolisado ou com cor muito escura, dificultando o estudo de hemólise;
Não usar sangue humano, pois alguns microrganismos não apresentam hemólise; 
Não adicionar o sangue na base do meio quente, pois as hemácias rompem-se, dificultando o estude de hemólise; 


Por ser um meio rico, o crescimento a partir de materiais biológicos em geral costuma ser abundante, sempre que necessário, isolar a colônia em estudo para os procedimentos de identificação, para não correr o risco de trabalhar com cepas misturadas.


     


Deus seja louvado

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Ágar Chocolate

ÁGAR CHOCOLATE


PRINCÍPIO

    Meio de Ágar Chocolate é amplamente utilizado para o cultivo de microrganismos exigentes, embora cresçam neste meio quase todos os tipos de microrganismos.
    À base do meio, é adicionado sangue de cavalo, carneiro ou coelho em temperatura alta, o que faz com que as hemácias lisem, liberando hemina e hematina, compostos fundamentais para o crescimento dos microrganismos exigentes.

Observação: se utilizar sangue de carneiro ou coelho no lugar do sangue de cavalo, adicionar os suplementos a base de NAD (coenzima I) e cisteína após resfriar a base achocolatada à aproximadamente 50ºC.


UTILIDADE

Crescimento de microrganismos exigentes Haemophilus spp., Neisseria spp., Branhamella catarrhalis e Moraxella spp.

FÓRMULA / PRODUTO

Meios comerciais: BHI Ágar *, Columbia Ágar Base, Blood Ágar Base, Mueller Hinton Ágar.
Sangue de cavalo, carneiro ou coelho desfibrinado.
Recomenda-se o uso da base de BHI Ágar, por apresentar melhor crescimento das cepas exigentes, principalmente cepas de Haemophilus spp.

PROCEDIMENTOS

Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante;
Esterilizar em autoclave;
Esfriar a base à temperatura de aproximadamente 80ºC;
Adicionar 5 ml de sangue desfibrinado de cavalo para cada 100 ml de base;
Homogeneizar bem até lisar totalmente as hemácias e o meio apresentar uma cor castanho escuro (chocolate);
Distribuir em placas de Petri de 90 mm de diâmetro.

CONTROLE DE QUALIDADE

Crescimento bom a excelente: Haemophilus influenzae ATCC 10211.

CONSERVAÇÃO E VALIDADE

Conservar de 4 a 10°C por 4 meses.

INOCULAÇÃO

Estriar a superfície do meio, usando a técnica de semeadura para isolamento;
Incubar a 35ºC por 24 horas.

INTERPRETAÇÃO

Cor original do meio: castanho escuro (chocolate).
Colônias de tamanho pequeno a médio, com pigmento amarelo: sugestivo de Neisseria spp, Branhamella catarrhalis ou Moraxella spp.
Colônias pequenas e delicadas, com pigmento creme claro: sugestivo de Haemophilus spp.

RECOMENDAÇÕES

Lembrar que é um meio rico e crescem vários tipos de microrganismos.
Fazer esfregaço de todas as colônias suspeitas e corar pela técnica de Gram, para confirmar se trata-se ou não de Neisseria spp., Branhamella catarrhalis ou Moraxella spp. (cocos Gram negativos reniformes) ou Haemophilus spp. (bacilos Gram negativos delicados e pleomérficos).
Não usar sangue de cavalo vencido.
Por ser um meio rico, o crescimento a partir de materiais biológicos em geral costuma ser abundante. Sempre que necessário, isolar a colônia em estudo para os procedimentos de identificação, para não correr o risco de trabalhar com cepas misturadas .

   

Deus seja louvado

Ancylostoma duodenale




   
     O parasito Ancylostoma duodenale faz parte do Reino Metazoa, Filo Nematoda, Classe Secernentea, Ordem Strongylida, Família Ancylostomatidae. Os parasitos apresentam dimorfismo sexual alem de duas estruturas bastantes características: cápsula bucal, nas fêmeas e machos, e bolsa copuladora, nos machos. O Ancylostoma duodenale parasita o intestino delgado ingerindo sangue do hospedeiro. O parasito adulto se fixa, através dos dentes, na mucosa do intestino delgado do hospedeiro. As fêmeas fazem ovoposição de milhares de ovos, os eliminando nas fezes do hospedeiro. Os ovos do Ancylostoma duodenale são bastante característicos, as larvas rabditóide do primeiro estádio, são chamadas L1, eclodindo entre 24 e 48 horas após o ovo entrar em contato com o meio externo. A larva L1 sofre transformação para larva rabditóide L2. Após nova muda e surge a larva L3. O desenvolvimento do ovo até a larva L3 ocorre de cinco a oito dias. A infecção intestinal ocorre após a penetração das larvas L3 através na pele ou pela ingestão das mesmas, a segunda via mais eficiente para iniciar a patologia.
    Na infecção por via oral, o hospedeiro ingere as larvas L3, as larvas perdem sua cutícula na passagem pelo estômago. Após três dias de infecção as larvas migram para o intestino invadindo a mucosa intestinal, sofrendo muda para larva L4, as larvas L4 migram para o lúmen do intestino delgado, onde transforma em adultos jovens, fixando à mucosa intestinal realizando hematofagia e posterior cópula.
   Nas infecções percutâneas, as larvas L3 penetram na pele através dos folículos pilosos, chegando aos vasos sangüíneos e/ou linfáticos.
Uma vez na circulação sanguínea, as larvas L3 são levadas para a microcirculação pulmonar, penetrando nos alvéolos, passando pelo sistema respiratório, sendo expelidas ou deglutidas. As larvas L3 durante a passagem pelo sistema respiratório sofrem a muda para estagio larval L4.
   Após chegarem ao sistema digestivo passando pelo estômago e chegando ao intestino delgado, as larvas desenvolvem em vermes adultos, alimentando e se reproduzindo. Alternativamente, as larvas L3 podem adentrar na circulação sistêmica migrando pelos tecidos (migração somática), ficando instaladas nas fibras musculares esqueléticas como larvas L3 hipobióticas (dormentes).
   A ancilostomose em humanos é uma grave patologia acometendo milhões de pessoas em regiões tropicais e subtropicais. A patogenia causada pelo Ancylostoma duodenale é uma consequência direta da perda sanguínea, ocasionado pela fixação e alimentação do Ancylostoma duodenale na mucosa intestinal.  Em algumas regiões países a
Ancilostomose é a principal causadora da perda de sanguínea intestinal, anemia por deficiência de ferro e desnutrição protéica, dependendo do estado nutricional do hospedeiro e da carga parasitária, a parasitose pode causar retardo mental e físico, óbitos em crianças e danos à saúde materno-fetal em gestantes. O diagnóstico da parasitose é feito através detecção de ovos nas  fezes, porem vale ressaltar que os ovos do Ancylostoma duodenale e muito semelhantes a de outros estrongilídeos. Como alternativamente, o método de coprocultura desenvolvimento de larvas L3 a partir dos ovos – pode ser utilizado. O tratamento é feito com uso das drogas anti-helmínticas, como albendazol, mebendazol, pamoato de pirantel e/ou levamisol.



Deus seja louvado

domingo, 15 de outubro de 2017

Estrongiloidíase humana


    A patologia estrongiloidíase humana é uma helmitose provocada por nematóide intestinal pertencente ao gênero strongyloides, o parasito é geoelminto pertencente à família Rhabdiasidae. A patogênese inicia com a penetração da larva infectante na pele do hospedeiro, após a penetração a penetração a larva realiza um ciclo cardiopulmonar. Pode ocorrer também a transmissão oral e auto infecção.
     A forma adulta parasitária é fêmea partenogenética que mede entre 1,7 a 2,5 mm. As larvas infectantes do parasita Strongyloides stercoralis presente no solo, penetram na pele e chegam aos pulmões, traquéia e epiglote, logo após são deglutidas atingindo o trato digestivo transformando-se em parasitos adulto. Após a liberação dos ovos larvados, os ovos eclodem no intestino liberando larvas rabitoides (não infectante), que são expelidas nas fezes.
    No ambiente externo, as larvas rabditoides evoluem para filarioide (forma infectante), porem podem evoluir para vermes adultos de vida livre, após a copula os parasitas adultos de vida livre geram novas formas infectantes.
     Outras formas de infecção é transmissão fecal-oral, ingestão de água ou alimentos contaminados. Alem das formas citadas, podem ocorrer autoinfecção externa e interna, a forma externa ocorre quando as larvas penetram na mucosa retal, a interna ocorre no intestino em situação propicia a transformação das larvas em formas infectantes.
     O período entre a larva infectante penetrando a pele é o surgimento das larvas não infectantes nas fezes ocorre entre 14-18 dias, já a manifestação clinica varia de paciente para paciente. A estrongiloidiase na maioria dos pacientes é assintomática, as formas sintomáticas podem causar dermatológicas, pulmonares e intestinais. As lesões dermatológicas apresentam quadros urticariformes, maculopapulares,
     Serpiginosas, que são secundários a penetração das larvas na pele. As manifestações pulmonares são tosse seca, dispnéia, bronco espasmos e edema pulmonar, cursando para eosinofilia elevada. No intestino as manifestações são; flatulência, cólica, anorexia, náusea, vômitos e diarréia. Em pacientes com imunossupressão, a doença pode ser fatal em decorrência da disseminação para vários órgãos. O diagnostico se da identificando as larvas em amostras fecal. As técnicas mais utilizadas são o exame direto utilizando solução salina e lugol, Baermann-Moraes, sedimentação, cultura em placa de Ágar e Harada-Mori. Em quadros de infecção disseminada, é possível encontrar as larvas nos diversos fluidos corpóreos. O tratamento é feito com as drogas; Tiabendazol, Ivermectina ou Albendazol.


   


Deus seja louvado

Ascaris lumbricóides

   

 O parasito Ascaris lumbricóides é um helminto conhecido no meio clinico e popular, pela sua grande distribuição geográfica e danos causados nos hospedeiros. O parasito é denominado Lombriga ou Bicha, a patologia casada é denominada ascaridíase, ascaridose ou ascariose. O parasito adulto são grandes: os vermes machos tem de 15 a 30 cm e fêmeas de 20 a 50 cm de comprimentos.Porem deve-se ressaltar que o tamanho do parasito depende da quantidade de parasitos albergados no paciente , além do estado nutricional do mesmo.
       Os ovos do parasita são brancos porem adquire pigmentação castanha após contato com fezes. Os ovos são grandes, medindo aproximadamente 50 um, sendo ovais e com cápsula espessa, em decorrência da membrana externa mamilonada. Os ovos apresentam massa de células germinativas. As fêmeas após copula eliminam aproximadamente 200000 ovos diariamente, os ovos tornam-se infectantes aproximadamente um mês após contato com solo e são infecciosos por vários meses. As fêmeas podem produzir ovos inférteis em infecções sem o parasita macho.
      A ascaridíase é prevalente e endêmica em regiões onde o saneamento básico e tratamento dos dejetos humanos são precárias, alem de locais onde o esgoto humano é utilizado na fertilização.
O primeiro estagio de desenvolvimento do parasito e a larva L1, a larva L1 é rabiditoide, pois possui duas dilatações no esôfago em ambas extremidades e uma constrição no meio. A larva L1 transforma em L2 aproximadamente uma semana após o inicio do ciclo. Logo após a larva L2 sofre muda para o estagio L3 que é o estagio infectante. A larva L3 é filarióide, pois tem o esôfago retilíneo.
       Após o paciente ingerir os ovos larvados em estagio L3, os ovos eclodem no intestino delgado, as larvas perfuram a parede intestinal caindo nos vasos linfáticos e veias, invadindo o fígado. Logo após chegam ao coração pela veia Cava, seguindo para os pulmões. Após as larvas sofrerem muda para estagio L4 elas rompem os capilares e caem nos alvéolos, sofrendo nova transformação para estagio L5, subindo pela traquéia chegam à faringe onde são deglutidas, fixando no intestino delgado, transformando-se em jovens adultos, após chegar à maturidade sexual fazem a cópula e ovipostura, eliminando ovos nas fezes para completar o ciclo.
      A ingestão de poucos ovos não produz sintomas clínicos, porem um único parasito adulto pode perfurar o intestino causando infecção bacteriana secundaria, alem de possível migração para o bucto biliar e fígado. A migração dos parasitos para os pulmões ocasionam pneumonite semelhante a ataque de Asma (tosse, eosinofilia e infiltrado pulmonar). Quando presente em grandes quantidades os parasitas podem pode provocar grave obstrução mecânica no intestino.
   Geralmente a ascaridíase e assintomática dificultando o diagnostico clinico, o diagnostico laboratorial é feito pela pesquisa dos ovos nas fezes, a técnica mais utilizada é a sedimentação espontânea, porem o método de Kato modificado por Katzé recomendada para realização de inquéritos epidemiológicos.
     A OMS recomenda o uso de quatro drogas no tratamento da ascaridíase, Albendazol, Mebendazol, Levamisol e Pamoato de Pirantel.



 

Deus seja louvado

Curso de Bioestatística- Parte 1

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